Top 5: Discos de rock dos anos 70 (internacional)

Sex Pistols. Foto: Michael Ochs.

A década de 70, além de ser considerada como os anos mais loucos, teve ótimos e importantes discos de rock lançados, afinal, nem só de disco music viveram as pessoas da época, que foi também marcada pelo surgimento do movimento punk, a carreira solo dos quatro Beatles, e o auge do movimento hippie. Listei aqui os meus cinco discos internacionais, de rock, favoritos dos anos 70. Coincidentemente, todos são britânicos (se você contar com a origem dos fundadores do AC/DC):

Jazz – Queen (1978)

O sétimo álbum de estúdio do quarteto britânico é o menos vendido da
história da banda e recebeu críticas mistas na época de seu lançamento. Apesar disso, pode-se dizer que Jazz foi um dos discos que melhor envelheceu ao longo dos anos e caiu no gosto do público, sendo hoje até favorito de muitos fãs. Afinal, como não gostar e se empolgar com músicas como “Mustapha”, “If You Can’t Beat Them”, e a melhor de todas, “Don’t Stop Me Now”?

Imagine – John Lennon (1971)

Em seu segundo trabalho solo depois do fim dos Beatles, John Lennon traz em Imagine, além da faixa-título que tornou-se o seu maior sucesso, um apunhado de belas canções que compôs e produziu ao lado de sua esposa e parceira musical Yoko Ono. Entre elas, uma música que foi originalmente gravada com sua antiga banda, uma indireta a Paul McCartney e, é claro, declarações de amor a sua amada. Destaco aqui “Imagine”, “Crippled Inside”, e “Jealous Guy”.

High Voltage – AC/DC (1976)

O primeiro lançamento mundial da banda australiana é um disco e tanto. Com as guitarras inconfundíveis dos irmãos Young, a potente voz de Bon Scott, e letras que falam sobre mulheres, sexo e rock ‘n’ roll, o álbum é cru, divertido e eletrizante. A mistura perfeita do hard rock e do blues. Apesar das críticas mistas que recebeu na época, é um dos trabalhos mais emblemáticos da banda. As melhores músicas são “It’s a Long Way to the Top (If You Wanna Rock ‘n’ Roll)”, “Live Wire” e “T.N.T.”.

Never Mind The Bollocks, Here’s The Sex Pistols – Sex Pistols (1977)

A banda punk de Londres conseguiu realizar a proeza de, com um único álbum de estúdio em sua carreira, se consolidar como uma das mais influentes do gênero. O disco volta e meia aparece em listas de revistas e sites de música e ainda hoje mexe com a cabeça (e o coração) dos apreciadores do punk rock. Nele há músicas icônicas como “God Save the Queen”, “Bodies”, e “Anarchy in the UK”.

Led Zeppelin IV – Led Zeppelin (1971)

Provavelmente a primeira banda que todos lembram ao falar-se do rock setentista, o quarto trabalho de estúdio de Jimmy Page e companhia, que na realidade nem tem um título oficial, é um dos mais marcantes para os fãs, além de ser sempre lembrado nas listas de melhores discos. Contém oito ótimas faixas, entre elas a grande balada “Stairway To Heaven”, “Misty Mountain Hop”, na qual o título faz referência à obra de Tolkien, e a que teve Joni Mitchell como fonte de inspiração, “Going To California”.

Top 5: Adaptações cinematográficas da DC Comics

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Os filmes sobre super-heróis baseados nas histórias em quadrinhos começaram a fazer sucesso nos anos 70 com DC Comics, mais especificamente com Superman (1978), estrelado por Christopher Reeve. De lá para cá, a marca teve muitos altos e baixos na grande tela, mas nos deu um dos melhores filmes do gênero. Sem comparar a adaptação em si, mas analisando somente os filmes, listo os meus cinco favoritos abaixo:

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Batman (1989)

Com Michael Keaton no papel principal e direção de Tim Burton, o quinto colocado da lista trouxe, pela primeira vez, uma atmosfera mais séria ao herói, diferente da série e filme da década de 60, que era uma comédia. O filme possui uma identidade visual que se destaca, tanto que levou o Oscar de Melhor Direção de Arte no ano seguinte. Apesar de críticas a algumas mudanças em relação às histórias originais do Batman, ele conquistou vários fãs, especialmente por causa de Jack Nicholson, que roubou a cena como o vilão Coringa.

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Mulher-Maravilha (2017)

Finalmente, um filme (bom!) de super-herói com uma protagonista feminina, e que foi dirigido por uma mulher. Mulher-Maravilha foi um respiro para a DC nos cinemas, numa época em que ela lançou alguns filmes que dividiu a opinião de público e crítica. Patty Jenkins fez um bom trabalho na direção, Gal Gadot parece que nasceu para o papel da amazona, e o resto do elenco ainda conta com nomes como Chris Pine, Robin Wright, e David Thewlis. Não é uma obra perfeita, mas é com certeza a melhor dessa nova fase, a chamada Universo Estendido da DC.

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Watchmen (2009)

Foi aqui que começou a parceria com o diretor Zack Snyder, que é conhecido pelas lutas em slow motion, cenas grandiosas, e o uso de cores frias em seus filmes. A adaptação da obra de Alan Moore e Dave Gibbons é uma história não-convencional de super-heróis, seja no enredo, ou na forma em que é contada. É um filme adulto, que por vez ou outra aborda a violência e outros assuntos mais sérios, e tem personagens muito interessantes, como Doutor Manhattan, Rorschach, e o Comediante. A trilha sonora também é excelente, com nomes como Bob Dylan e Leonard Cohen.

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V de Vingança (2005)

Mais uma do Alan Moore. E o único da lista que não pode ser classificado como “filme de super-herói”. Esta distopia nos apresenta à figura de V, um homem misterioso que está sempre com uma máscara de Guy Fawkes, e que quer realizar uma revolução contra o governo opressor da Inglaterra, local onde se passa a trama. É uma crítica ácida ao totalitarismo e cheio de referências à Alemanha nazista. Com Hugo Weaving, Natalie Portman, e roteiro das irmãs Wachowski, o filme levanta diversas questões (e não necessariamente responde todas).

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Batman – O Cavleiro das Trevas (2008)

E chegamos a ele, que não é apenas o melhor filme da DC, mas o melhor filme de super-herói já feito. Christopher Nolan dirigiu com maestria a sua trilogia do Batman, sendo o segundo, O Cavaleiro das Trevas, o mais icônico. Christian Bale foi o melhor ator a interpretar o detetive e Heath Ledger, a escolha certa para o melhor vilão, o Coringa. Este último é o grande motivo do sucesso do longa. Cenas como a da interrogação, e a de abertura são exemplos disso. O Oscar póstumo de Melhor Ator Coadjuvante foi merecidíssmo, além do de Melhor Edição de Som. O elenco ainda conta com Gary Oldman, Michael Caine e Aaron Eckhart. Filmão.

Top 5: Discos de rock dos anos 2000 (internacional)

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Arctic Monkeys

O gênero do rock durante a década de 2000 foi marcado pelo indie e pelo emocore. Nessa época também surgiram bandas incríveis fazendo um som contagiante, como Arctic Monkeys, Franz Ferdinand, e The Strokes (essa última chegou a receber slogan de “salvação do rock”). Enquanto outros grupos já consagrados lançaram um dos melhores trabalhos da carreira, como é o caso do Green Day e do Radiohead. Pensando nisso, listei abaixo os meus cinco discos (internacionais) de rock favoritos lançados entre os anos 2000 e 2009.

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5. You Could Have It So Much Better – Franz Ferdinand

O segundo álbum de estúdio dos britânicos Franz Ferdinand, de 2005, é um rock com batidas dançantes e riffs marcantes. Lançado pouco mais de um ano depois do bem-sucedido disco de estreia deles, You Could Have It So Much Better é ainda melhor que o primeiro. Curiosamente, este é o trabalho que o vocalista Alex Kapranos menos gosta – leia aqui a entrevista -. Não que ele o odeie, é claro. Além do grande hit “Do You Want To“, o álbum também contém as ótimas “The Fallen“, “You’re The Reason I’m Leaving”, e a faixa-título.

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4. A Rush of Blood to the Head – Coldplay

Mais um segundo álbum de uma banda britânica. O Coldplay lançou em 2002 o A Rush of Blood to the Head, um disco com uma atmosfera mais intimista, onde o piano e a guitarra são predominantes nas canções. Com sucessos como “Clocks” e “In My Place“, a obra trouxe três Grammys para o grupo. É o melhor trabalho da banda, na época em que ainda podíamos dizer que o Coldplay era uma banda de rock. Outras músicas que se destacam são “God Put A Smile Upon Your Face”, “The Scientist“, e “Amsterdam”.

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3. The Black Parade – My Chemical Romance

O grande representante do emo, movimento que foi muito forte na década passada, é a banda americana My Chemical Romance. The Black Parade, o terceiro álbum de estúdio, foi lançado em 2006 e é uma ópera-rock sobre um personagem, chamado de “O Paciente”, que está à beira da morte. O disco mescla canções mais energéticas com outras mais sombias, sempre com riffs de guitarra raivosos. As minhas favoritas são “Dead!“, “Welcome To The Black Parade“, “Mama” e “Teenagers“.

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2. Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not – Arctic Monkeys

A banda inglesa Arctic Monkeys já tinha uma certa popularidade na internet e entre o público indie, mas só em 2006, quando lançou seu disco de estreia Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not, foi que estourou no mundo. Com um som cheio de guitarras, batidas dançantes, e letras sobre a juventude no interior da Inglaterra, o álbum foi o pontapé inicial responsável por colocar a banda como uma das mais influentes do rock atualmente. As minhas músicas favoritas são “Fake Tales Of San Francisco“, “Dancing Shoes”, Mardy Bum”, e “When The Sun Goes Down“.

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1. American Idiot – Green Day

Depois de um disco de recepção morna e de outro que teve todas as suas gravações roubadas, o trio punk californiano resolveu gravar uma ópera-rock sobre um anti-herói adolescente de classe média baixa, e todo o cenário político e social dos Estados Unidos. Lançado em 2004, é definitivamente o álbum mais politizado da banda, no qual faz críticas à Guerra do Iraque e ao então presidente George W. Bush. American Idiot tem dois Grammys e rendeu até um musical na Broadway. Destaco aqui a faixa-título, “Jesus of Suburbia“, “Holiday“, e “Whatsername”.

 

Top 5: Adaptações cinematográficas da Marvel Comics

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A estreia dos personagens da Marvel no formato audiovisual foi em 1986, com a criticada animação Howard, O Super-Herói. De lá para cá, as coisas mudaram bastante. Nos anos 2000 as trilogias dos X-Men e do Homem-Aranha fizeram muito sucesso, e a partir de 2008, as adaptações de história em quadrinhos para o cinema atingiu um outro patamar, com o MCU (Universo Cinematográfico da Marvel). Listo abaixo os meus cinco filmes favoritos da Marvel:

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5. Homem-Formiga (2015)

No filme de origem do segundo Homem-Formiga dos quadrinhos, o Dr. Hank Pym, a fim de proteger sua tecnologia, delega a Scott Lang, um ex-presidiário, um traje especial que dá o poder do encolhimento, força sobre-humana, e a capacidade de controlar um exército de formigas. O enredo bem amarrado, o humor na medida certa, e a relação entre pai e filha são os pontos fortes do longa. E uma menção especial para o protagonista Paul Rudd e o coadjuvante Michael Peña, que são uma ótima dupla cômica.

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4. X-Men: Primeira Classe (2011)

Durante a Guerra Fria, Charles Xavier e Erik Lensherr se conhecem e se tornam amigos, pois tem algo em comum: os dois são mutantes. Enquanto o mundo está a beira de um colapso devido à ameaça da guerra nuclear, eles juntam forças com outros mutantes para tentar salvar a humanidade. É muito bom ver nas telas o surgimento desse grupo de heróis tão icônicos. O elenco também é excelente, com destaque para James McAvoy, Michael Fassbander e Jennifer Lawrence.

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3. Capitão América: O Soldado Invernal (2014)

Steve Rogers está se adaptando ao mundo moderno e trabalhando na organização S.H.I.E.L.D., quando um de seus colegas é atacado. Ele se vê no meio de uma rede de intrigas, e com a ajuda de seus aliados Viúva Negra e Falcão Negro, tenta solucionar o problema e lidar com um inimigo inesperado: o Soldado Invernal. Inspirado nos melhores filmes de espionagem, o segundo longa-metragem do supersoldado acabou se tornando um dos favoritos dos fãs.

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2. Logan (2017)

O ano é 2029. Os mutantes estão entrando em extinção. Uma organização está transformando crianças mutantes em assassinas. O envelhecido Professor Xavier pede ao cansado e decadente Wolverine para proteger a todo custo a jovem Laura Kinney, que também é conhecida como X-23. Por ser um drama com elementos de faroeste e road movie, é um dos filmes mais diferentes do gênero. Foi uma despedida digna a esse personagem tão querido.

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1. Vingadores: Guerra Infinita (2018)

O grande encontro entre os super-heróis mais famosos da Marvel e o já inesquecível vilão Thanos, que foram desenvolvidos ao longo de dez anos em dezoito filmes, foi um marco para os fãs das HQs. Na história, Thanos coleta as Joias do Infinito para dizimar metade da população, pois ele acredita que essa é a única forma de devolver o equilíbrio ao universo. O protagonismo inédito de um vilão em um filme do gênero é um dos pontos fortes do longa, além dos tão esperados crossovers entre heróis, as cenas chocantes, e o desenrolar da trama. É sem dúvida a melhor obra do MCU. E não à toa, já é a quarta maior bilheteria da história do cinema.